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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Bailarina



Um canto. Uma viagem. A vida por si já se define de muitas formas!



Quando o canto interrompe o silêncio que oprime, cresce o fluido de cores imortais que se jogam ao infinito, driblando as doces vozes que aceleram a música dançante do universo.



Como uma bailarina ao fundo do salão, em seus devaneios ritmados, a vivência e seus mistérios tornam os dias mais interessantes; trazem o propósito do burburinho das manhãs azuladas pelos raios de sol, projetados num tipo de céu que se constrói de nuvens cálidas e suaves, sob a chuva inesperada do sentido poético, quando a deusa lua vem abraçar suas noites ao som da composição estrelar.



Como ousar tanto, a ponto de percorrer lugares ermos, aquecida somente pela euforia ardente de tocar o desconhecido com sua paixão desenfreada e intranquila? Bem saberia eu responder, se não houvesse uma bailarina chamada Vida, a acompanhar meus trilhos de alegrias e tristezas, sem comoções, arrependimentos, nostalgias falsas ou alegorias dos homens nus em suas emoções.



Minha força, além do que se pode chamar de humana, ultrapassa as barreiras inconstantes do medo, e dança melodiosamente sobre o desejo inexplicável de adentrar cada momento como se fosse a derradeira epifania vivida, ou, supostamente sonhada.



Paradoxalmente, vivo a loucura apaixonante que rodopia a cabeça dessa bailarina que encanta, conquista e transcende à vida!

                                             ***


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