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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Enlouquecidos, os sonhos existem

Imagem: Sérgio Pavanello

Falar de sonhos remete a muitas práticas primitivas ou modernas que invadem nossas mentes e necessitamos externá-las, fazê-las encontrar seu universo próprio moldado dentro de cada pessoa – quase sempre desconhecido ou não revelado.


Hoje, os sonhos são imensos, emaranhados, confusos, complexos... Eles têm a ver com tudo o que nos move! Não basta sonhar dentro do futuro; existe o momento presente que roga para que se faça em atos e que tudo adquira vida.


Parece que não nos importamos, não temos muita pressa, existe muito tempo pela frente, à espera de nossas vidas feitas ou desfeitas – é um tempo que vive à espreita, andando junto, quase tomando nossas mãos e enlaçando os dedos.


As mostras enlouquecidas do que o mundo contemporâneo promete roçam nossos narizes, como quem diz: “vem me buscar, custe o que custar!” Somos mexidos por algo que não se entende nem se observa completamente, do contrário, seria visto o caos interior; mas, desejamos, até o ínfimo espaço inacabado que não tem preço.


É uma questão de escolha de cada um. Temos nossos gostos, desgostos, utopias, distopias; guardamos livros que jamais serão lidos, como preciosidades em nossas mentes; cultuamos artistas de novelas, filmes, romances; fazemos roteiros de viagens transoceânicas; gostamos da boa gastronomia, daqueles pratos indicadas pelos melhores chefs nacionais e internacionais; vamos atrás do que se diz melhor, do assunto mais badalado, da notícia do momento; não podemos ficar para trás porque sabemos que não podemos voltar nenhum segundo, a menos que seja em divagações e sonhos perfeitos (que dificilmente acontecem como um déjà vu) - esta é a lei.


Às vezes nem temos o pudor, nem somos politicamente corretos – acho interessante quando me pego assim, fazendo algo fora dos padrões que conheço; às vezes descubro mundos fantásticos, invejáveis, sem ter de ferir ninguém, apenas vivê-los, antes que se desmanchem no ar.

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